Ter para usar ou usar para acabar?

15:11

Ultimamente eu venho sofrendo de uma nova ansiedade, decorrente das mudanças graduais que venho realizando no meu estilo de vida. É a síndrome do “eu tenho que usar, eu preciso usar, será que já está acabando?”. As coisas que sobraram ao meu redor adquiriram um aspecto de “seja útil ou deixe-me” e eu percebo que trabalho todos os dias para acabar cada vez mais com as coisas que possuo.
Refletindo sobre isso, me pergunto se será assim ou se em algum momento eu vou me considerar possuidora do necessário (somente o necessário, o extraordinário é demais).

Em compensação, quando estou em contato com as minhas coisas, consigo identificar algumas com as quais me conecto profundamente. Percebo que algumas sobreviveram aos destralhes dos anos passados, e provavelmente vão resistir a muitos outros que virão. Já outras, a cada dia que passa, perdem seu valor e se tornam meros objetos.
Ainda sinto um enorme conflito com relação ao “isso me custou dinheiro” versus “isso está ocupando meu espaço”. Mas, ao ler esse texto do blog miss minimalist, encontrei uma frase que define tudo que é preciso para me convencer de que na minha vida não há espaço para esses meros objetos:

It’s a humbling experience to have to physically carry everything you own; only then can you truly feel how much your belongings weigh on you.

É uma experiência reveladora ter que carregar fisicamente tudo o que você possuí; apenas assim você pode sentir o quanto seus pertences “pesam” em você.

7 comentários

  1. Oi Tatiana. Boa essa reflexão. Pelo menos comigo o processo foi assim: no começo tinha um monte de itens que aos poucos fui descartando, outros utilizei até o fim e determinei que não iria mais comprar. Agora já penso muitas vezes antes de adquirir, o que já ajuda reduzir muito um possível destralhe em um futuro próximo. Aconteceu isso com vários itens. Agora, por exemplo, estão acabando alguns itens de maquiagem e estou comprando novamente, produtos melhores e que sei que realmente vou usar. Abraços.

    www.umdiasereichef.blogspot.com

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    1. Cecilia, sabe o que acho mais interessante? Nós trocamos quantidade por qualidade! Eu mesma, parei de comprar bases baratas que não davam o resultado ideal e um belo dia resolvi experimentar uma base beeem mais cara, por comparação. Resultado? Ela é tão mais eficiente que o preço dela se perdeu diante do valor que ela agregou à minha vida.

      Beijão!

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  2. Oi Tatiana. Sou nova aqui e gostei muito da sua reflexão!

    abraço!

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    1. Bruna, olá! Que bom que você gostou, ela já estava na minha cabeça há um bom tempo!

      Beijão e apareça mais vezes!

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  3. Eu sinto essa ansiedade, esse desejo de querer que as coisas excessivas acabem logo. Hidratantes, por exemplo, que tenho aos montes e ainda demorarão pra acabar. Nesse ano vou dar alguns de presente, porque estão novoa e lacrados. Acredito que assim chegarei no ponto de ter só o que uso e talvez umas poucas coisinhas em estoque porque foram presentes ou comprados no exterior.

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    1. Marina, será que estamos sonhando? Será que existe esse ponto de equilíbrio? rs Seja como for, cada frasco vazio dá uma sensação fantástica de satisfação!

      Beijão!

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  4. Apesar de eu estar lendo a postagem antiga, vejo que nas postagens mais recentes você ainda carrega um pouco desta preocupação de usar o que você tem. Eu tenho me esforçado nos últimos dois anos para reduzir as coisas que eu tenho em excesso e o sentimento de que "ainda não está bom" não sai de mim. Eu tinha esperança de que eu conseguiria o equilíbrio de ter apenas o necessário para o meu estilo de vida, o meu espaço, a minha renda e etc.
    Você já se sente melhor com relação a isso? Um dia melhora essa sentimento?
    Beijo, Clara

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